Vancouver
A palavra Diging tem o
significado de “região auspiciosa” nesta região
do Tibet, no passado conviveram
diversa etnias de forma harmônica onde os conflitos sociais foram meros relatos
do que acontecia no mundo externo de Diging. Guerras, problemas econômicos,
violência e outras mazelas urbanas não permeavam o espaço social na Região de Diging.
Na sua obra de 1925 “Horizonte
Perdido” o autor, James Hilton, inspirado na Região de Diging, descreve para o mundo
ocidental, uma sociedade chamada de
Changri-la ou Xangri-lá. No seu livro,
Xangri-lá está localizada junto a paisagens deslumbrantes, onde a
sociedade vive em paz e harmonia e completa felicidade, onde o tempo tem
outro sentido para os habitantes, as
pessoas não envelhecem em Xangri-la, enfim, a felicidade é eternizada.
Esta provocante obra literária fustigou uma série de mitos e lendas sobre o Tibet, que
ainda hoje remetem a esta Região no Himalaia como local onde as pessoais
encontram um sentido para as suas vidas e a tão procurada paz espiritual e interior.
Diging ficou tão conhecida e
procurada pelos ocidentais após a obra de Hilton, que é conhecida oficialmente
hoje como Xangri-lá.
Se Hilton inspirou-se em
Dinging do início do século passado, onde poderíamos achar uma nova xangri-lá
nos tempos atuais? O conceito de sociedade ideal, obviamente é relativizado por cada pessoa, mas
poderíamos inferir que é consenso que uma sociedade sem poluição, transporte
público eficiente, saúde, lazer, beleza geográfica, povo educado e culto, acesso aos bens de consumo básicos, Trânsito
civilizado, convivência harmoniosa entre as etnias, são características idealizadas,
mas que não existem em sua totalidade em
lugar nenhum.
Provavelmente, Hilton nunca
colocou os pés em Vancouver, nem deve ter subsidiado sua obra com dados de
Vancouver dos anos 20, sequer tenho idéia de como era esta cidade ate a morte
de Hilton em 1954, mas se sua obra fosse
escrita hoje, O Tibet ocupado pela China e todas as dificuldades e problemas políticos que deve estar passando,
provavelmente Hilton teria que ir beber em outra sociedade para redigir sua
obra, sobre uma sociedade ideal, neste
sentido, Vancouver seria uma boa candidata, ainda mais se olharmos para as
milhares de cidades inviáveis como sociedades ao redor do mundo atual.
Como eu disse, existe uma
relativização para definirmos o ideal de uma sociedade. O tempo que convivi nesta região, diria que para ficar no ponto ideal
de sociedade, eu gostaria que Vancouver tivesse alem das qualidades acima
citadas, que copiasse do Brasil a
diversificação da culinária, o clima de Brasília, a beleza da mulher gaúcha, os preços da China e um esplêndido futebol
como o do Grêmio.
Vancouver pode não ser
perfeita, o período de chuva abarca aproximadamente 8 meses, portanto se vc
quer fazer turismo por aqui, o melhor período é o verão, onde é seco e vc não
corre o risco de ficar vários dias sob chuva e frio. O custo para turismo,
atualmente esta acima do que o seu
vizinho EUA, por exemplo, mas ainda menor que qualquer país
da Europa Ocidental.
O canadense é um povo muito
educado e cordial, a intolerância fica para os que transgridem as regras por
aqui. Por exemplo, aqui no metrô não existem catracas e barreiras, as pessoas
validam seus tickets em maquinas junto às estações, nada impede de alguém
viajar sem pagar, a sociedade espera que vc cumpra sua obrigação de validar seu
ticket pagando pelo serviço.
Eventualmente há fiscalização nos metros, mas os desvios de conduta devem
ser marginais, pois não se vê ninguém burlando
a regra, os trens são limpos e fartos mesmo aos finais de semana.
Outro exemplo está em
supermercados, onde há caixas em que o consumidor se dirige ao terminal de
pagamento, passa as suas compras pelo leitor de etiqueta e ele próprio paga com
cartão na máquina, tudo sem fiscalização (se há é muito discreta e
imperceptível). Estes dois exemplos mostram o grau de civilidade desta
sociedade.
Bebida poucos lugares são
autorizados a vender, em supermercado por exemplo, não há, somente é permitida
ser ingerida em locais fechados, na rua nem pensar. Fumar apenas ao ar livre e
afastado de janelas e portas.
O grau de violência é
baixíssimo, pode-se andar a noite com tranqüilidade, apenas alguns lugares
demonstram algum grau de insegurança ( tipo Chinatown à noite). O policiamento
não é ostensivo, até poucos anos atrás, os policiais sequer portavam armas. Mas
se for acionado o 911 em poucos minutos eles chegam.
Mas o que fazer em
Vancouver? O que não falta ao turista são opções, a maioria ligada à natureza. (No
extremo de Vancouver está o Stanley Park com seus inúmeros pontos de interesses
tais como o Vancouver Aquarium, Lagos, trilhas, ), vista da cidade, lindo por do sol, diversas espécies de animais
nativos (não tem Urso), praias (difícil imaginar alguém entrando na gélida água
do pacífico). O ideal é percorrer o Stanley Park de bicicleta.
Outro parque famoso é o
Capilano, bem menor que o Stanley, porém com uma floresta exuberante e a famosa
“suspension Bridge “ e caminhos suspensos entre as árvores que fazem o charme
deste recanto, quem não quiser pagar em torno de CAC 30,00 para entrar em
capilano, uma opção é o Lynn Canyon, que tem igualmente uma ponte suspensa e
uma área bem maior que Capilano, porem sem as mesmas facilidades de serviços (restaurantes
e banheiros próximo) em compensação é gratuito. Para chegar ao Capilano, bastar
pegar o bus( free) do próprio parque no Canadá
Place. Para o Lynn Canyon, primeiro atravessa de barca o canal em direção a Vancouver Norte, no
terminal de Vancouver Norte, se pega o
bus n 229 que passa na entrada do parque ( custo de transporte, CAD 5,00).
Como turista, não da para
pensar em deixar de fazer algumas compras, em Vancouver dois lugares se
destacam, Metrotawn Mall e o Outlet na station 22, ambos são alcançados pela
linha amarela do metrô.
Mas se vc quer agregar
compras com um turismo, vá a Seattle nos EUA, que dista apenas 230 km de
Vancouver. Em Seattle, depois das compras, não deixe de visitar o Space Needle.
Neste local, vc poderá observar a bela
city de Seattle subindo na Tower, outro programa interessantíssimo no Space
Needle, é a visita ao Experience Music Project (EMP), que nada mais é que
um Museu dedicado ao Rock, homenageando
especialmente o Nirvana, Jimi Hendrix e AC/DC. Alem de farto material sobre
estas celebridades, vc poderá tocar e cantar em salas específicas, ou se
deliciar com inúmeros clipes dos referidos Pop Stars. Este museu teve como filantropo,
Paul Allen, um dos fundadores da Microsoft.
Perto de Vancouver,
está Victoria, a capital do “Estado da
Briitsh Columbia” alcança-se por transporte
público, metro, barca e ônibus, tempo total em torno de 3h dependendo do
horário da Barca, custa em torno de CAD 20,00 ida e volta, empresas de turismo,
vendem o passeio por volta de CAD 60,00. No trajeto pode-se dar a sorte de
observar as baleias cruzando o canal que separa Vancouver de Victória.
Na capita da BC encontram-se o Royal Museum, a rua mais estreita
do Canadá ( uma braçada de largura), o belíssimo palácio real e focas
maravilhando os turistas no porto. Como curiosidade, a Trans Canadá ( rota
percorrida nesta travessia) tem o marco zero em Victoria.
Em Vancouver, é possível contratar alguns turs na área conhecida como
Canadá Place, desde tur de barcos, para ver baleias, pescar salmão e até
passeios de teco teco com flutuadores (vários roteiros e preços a partir de CAD
70,00 dentre os roteiros estão os
Glacier, Alpine Lake e Whistler.
Por falar em Whistler, é
IMPERDÏVEL uma ida a esta belíssima cidade, que tem uma importante estação de esqui. Imaginei que Banff seria
insuperável em beleza, mas o Canadá surpreende com a sua variedade natural. No
entanto, comparando Whistley e Banff, um empate técnico entre as duas cidades é a
minha avaliação, em meados de maio deste
2012, ainda há gelo nas montanhas que circundam Whistler. A distancia de
Vancouver é de apenas 125 Km, mas a rota deve ser percorrida com muitas paradas
para observar a beleza dos recantos.
Uma passada em Vancouver
Market também é uma ótima pedida, a ida a este local já é uma atração, se pega
pequenos barcos ( CAD 7,50 ida e volta) e tem-se uma ótima visão da desta
região da cidade, no Market, pode-se comprar produtos como frutas, peixes,
artesanato, lembranças e algumas opções de refeição.
Uma ida ao bairro de
Gastown deve ser reservada para
conhecer a parte histórica de Vancouver, neste local está o que consideram o
primeiro relógio a vapor do mundo, que apita de 15 em 15 minutos, há ainda bons
restaurantes, pubs e lojas para comprar
lembranças. Quando me refiro a bons
restaurantes, não estou considerando a culinária Canadense, pois é raro
encontrar restaurante típico canadense ( não encontrei nenhum), não pense que
comer um bom salmão por aqui é tarefa simples, acho que somente os ursos encontram salmão com
facilidade, não é como comer o nosso típico churrasco no Brasil, onde
encontramos uma churrascaria fácil fácil...
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